Mais de mil indígenas foram resgatados, em estado grave de saúde, da Terra Indígena Yanomami nos últimos dias.

As equipes de resgate são do Ministério da Saúde e atuam de forma emergencial em comunidades dentro da reserva.

Este resgate está sendo feito desde o dia 16 de janeiro, para lutar frente à desassistência sanitária no território.

Os indígenas sofrem, principalmente, com malária e com desnutrição grave, afirma Weibe Tapeba, Secretário de Saúde Indígena (SESAI). “Nós acreditamos que mais de mil indígenas foram resgatados nesses últimos dias do território para não morrer”, afirmou.

Em uma semana, o único hospital infantil do estado recebeu 29 crianças doentes.

Os indígenas são levados ao posto de Surucucu, uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária. Os quadros gravíssimos são encaminhados de lá para Boa Vista.

O número de indígenas resgatados muda conforme os dias e, provavelmente, deve aumentar, já que há regiões do território que ainda não receberam os agentes de saúde.

Tapeba também falou que será feita uma auditoria interna para investigar os contratos de medicamentos e os voos realizados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), responsável pelo atendimento direto aos indígenas.

 

Imagem: Divulgação / Weibe Tapeba / SESAI

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