Os alunos da rede municipal de ensino de Taubaté iniciam as aulas amanhã (02), mas ainda não receberam os kits dos materiais escolares.

A prefeitura atrasou a compra dos itens e, consequentemente, a execução de licitação. Além disso, este ano os materiais podem ficar R$ 20 milhões mais caros em comparação ao ano de 2021.

A licitação para a compra dos materiais foi aberta no fim do ano passado, mas acabou sendo alvo de questionamento pelo Tribunal de Contas por possíveis erros de elaboração, como exigências de produtos fora das especificações de mercado, por exemplo. Assim, a gestão do prefeito José Saud (MDB) precisou adiar a compra e abriu um novo edital no dia 19 de janeiro.

O prazo legal para a distribuição dos kits é de 30 dias após a assinatura do contrato, embora ainda não haja data para ocorrer o novo pregão.

Apesar disso, o prefeito Saud garantiu que a entrega dos materiais deve ocorrer até o fim de março. Essa demora na entrega dos materiais escolares não é novidade na cidade, em 2022 os kits foram entregues somente a partir de maio.

A nova licitação prevê um gasto de quase R$ 22 milhões de reais para a compra de somente 90 kits. Para se ter uma ideia, em 2020, 2021 e 2022, a Prefeitura desembolsou anualmente entre R$ 1,3 milhão a R$ 2 milhões para a compra dos materiais. Somente no ano passado, cada kit custou R$ 43, quando, hoje, esses itens estão cotados por até R$243, aumento de 465%.

José Saud alega que os materiais são “diferentes” e que houve aumento no valor médio dos itens, mas que ainda acredita que o valor final deve cair. “Sabemos que quando temos um valor muito alto ele vai despencar. Isso porque falei com técnicos servidores [da área] de compras que conhecem muito bem isso e já falaram para mim que [o preço] vai cair e muito”, garantiu.

 

Imagem: Prefeitura de Taubaté

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