Neste domingo, oito de janeiro, bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, em Brasília.
O movimento golpista tinha se iniciado à semanas na capital do país, mas neste final de semana cem novos ônibus chegaram, com cerca de 4 mil pessoas. As ações estavam sendo planejadas por meio das redes sociais.
Os participantes dos atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras confrontando policiais militares na Esplanada dos Ministérios.
Apesar do confronto com a PM, muitos policiais apoiaram o ataque, realizando a escolta dos eleitores de Bolsonaro até a invasão e mantendo poucos homens na Esplanada, que tentaram conter os bolsonaristas com uso de spray de pimenta. Em um vídeo publicado, um dos golpistas afirma que o policial mostrado no vídeo disse estar do lado deles.
Após quebrarem o bloqueio com facilidade, o grupo começa a subir a rampa do Congresso, sobem na parte superior e alcançam a área interna, o plenário e o Salão Verde da Câmara.
Simultaneamente, o Palácio do Planalto foi invadido. Cadeiras foram jogadas para fora e mangueiras foram usadas para inundar o chão.
O STF teve suas janelas quebradas e o plenário destruído, rasgaram e depredaram obras de arte, defecaram em uma das salas.
Por volta de 17h30, grande parte dos prédios invadidos foram desocupados e a polícia tentou dispersar os terroristas com jatos de água.
A multidão foi concentrada na parte externa do Congresso e a Advocacia-Geral da União (AGU) pede a prisão em flagrante dos golpistas.
Pouco antes das 21h, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que 200 pessoas foram presas em flagrante e que as prisões continuariam durante a noite. Um pouco antes, o governador do DF, Ibaneis Rocha, afirmou que mais de 400 pessoas já haviam sido presas.
O presidente Lula falou que todas as pessoas serão encontradas e punidas. “Vamos descobrir quem são os financiadores”, comentou. “Se houve omissão de alguém do governo federal que facilitou isso, também será punido.” Lula disse que houve “incompetência, má-fé ou maldade” das forças de segurança do Distrito Federal.