Lorena também informa que as comemorações carnavalescas irão acontecer na cidade

​Tanto o Prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva, quanto o Prefeito de Lorena, Sylvio Ballerini, são contra o cancelamento do Carnaval de 2022. A decisão vai contra a de outras cidades do Vale do Paraíba, como Cunha, Ubatuba e Lagoinha.

​Em Guará, é esperado que o número de pessoas seja grande nos cinco dias de celebrações. De acordo com a Organização das Escolas de Samba de Guaratinguetá (OESG), não haverá competição entre as escolas de samba e os desfiles acontecerão de uma forma diferente, mais participativo com o público.

​Os ensaios iniciam em janeiro do ano que vem e, já no dia 15 de janeiro, acontecerá a festa da corte momesca, com a eleição de rainha, princesa e rei momo. A festa continua no dia 16 para que a corte mirim do Carnaval seja completa, com a definição da mini rainha.

​Por enquanto estão confirmados três dias de samba e seresta, a cada sexta-feira, na Praça Conselheiro Rodrigues Alves, com o acordo de duas escolas de samba se apresentarem por noite, além da presença de uma banda de marchinhas.

​A OESG informa que não foi cogitado o cancelamento das celebrações do Carnaval, nem pela própria Organização e nem pelo Prefeito. Em entrevista, Marcus Soliva insiste no ponto de que com 98% da população imunizada com a 1ª dose e 80% imunizada com as duas doses, a taxa de infecção resultante em estado grave é baixa.

​Soliva também fala sobre a preocupação excessiva de governantes de outras cidades, como a Prefeita de Ubatuba, com um evento que irá acontecer em 04 meses. Ele diz que, no momento, o cuidado deveria ser voltado para as aglomerações em praias, barzinhos e festas, principalmente com a chegada do final do ano.

​Guaratinguetá irá beneficiar cada uma das agremiações com R$ 15 mil, totalizando em R$ 150 mil para os seis grupos participativos.

Lorena

​O município de Lorena também não irá deixar as celebrações carnavalescas de lado. A Prefeitura irá investir em torno de R$ 150 mil em todo o evento, principalmente com a volta das escolas de samba e dos blocos de rua.

​Lorena conta com dois blocos carnavalescos e com seis escolas de samba, as quais tiveram seus representantes reunidos com o Prefeito para a definição da data de início das atividades para 22 de janeiro. Já as apresentações irão de fato ocorrer em fevereiro.

​O início das atividades será marcado pela escolha da Corte do Carnaval, no Clube Comercial de Lorena (CCL). Já no dia 25 de fevereiro, dia da abertura oficial do evento, irá ocorrer o concurso de Destaques em Destaques, também no CCL às 19h. Já que nenhum repasse municipal será feito, as escolas que irão ter acesso ao dinheiro conseguido com a entrada, o ingresso será R$ 5 e a mesa será R$ 50.

​O evento acontecerá na Praça Arnolfo de Azevedo, de sábado a terça, das 15h às 22h. O primeiro horário do primeiro dia contará com a matinê para os menores e, às 19h, será a apresentação do Batucarte, seguida por outra atração às 20h que ainda não está definida.

​Já no domingo, após a matinê, às 18h será o desfile do Bloco 100%, seguido da apresentação de três escolas de samba. Na segunda-feira, também às 18h, acontecerá o desfile do Bloco do Toko, com outras três agremiações se apresentando em seguida. Na Praça serão colocadas barracas de alimentação, em frente à lotérica.

​Nos dias de festa haverá fiscalização para que os protocolos de segurança sanitários sejam seguidos. O uso da máscara será necessário já que, de acordo com o Governo Estadual, é obrigatório manter esta medida.

​O Secretário de Trânsitos e Transportes, Lucas Molinari, informa que o Carnaval irá render aproximadamente 50 empregos diretos e 100 indiretos. Molinari acredita a população lorenenseprecisa de mais momentos de lazer.

Repercussões

​Moradores de ambas as cidades, Guaratinguetá e Lorena, se dividem nas opiniões quanto à decisão de manter as festas do Carnaval.

​A parcela a favor das celebrações acredita que o contágio será bem menor e que, com as medidas de segurança, já é possível realizar eventos semelhantes. Já outros acreditam que “a pandemia já acabou”, o que facilmente pode ser comprovado como ideia equivocada, já que de 10 a 23 de novembro foram confirmados 18.533 da COVID-19.

​Aqueles que são contra as atrações do Carnaval creem que realmente não é o momento de aglomerar um grande número de pessoas. A pandemia ainda não acabou e muitos ainda se lembram dos dias de desespero, com hospitais lotados e com a falta de insumos.

Imagem: Divulgação / PMG